Funções e Continuidade em Rⁿ
Sucessões em Rⁿ
Uma sucessão ( u k ) (u_k) ( u k ) de termos em R n \R^n R n é uma função
u : N ⟶ R n n ⟶ u k = ( u k 1 , u k 2 , … , u k n ) ⏟ n coordenadas \begin{array}{ c c c }
u: & \mathbb{N} \longrightarrow \mathbb{R}^{n} & \\
& n\longrightarrow u_{k} & =\underbrace{( u_{k1} ,u_{k2} ,\dotsc ,u_{kn})}_{n\text{ coordenadas}}
\end{array} u : N ⟶ R n n ⟶ u k = n coordenadas ( u k 1 , u k 2 , … , u kn )
EXEMPLO
Se tivermos uma sucessão de termos em R 3 \R^3 R 3 , u k = ( 1 k , k , 2 k ) ∈ R 3 u_k = (\frac 1k, k, 2^k) \in \R^3 u k = ( k 1 , k , 2 k ) ∈ R 3 ,
as suas sucessões coordenadas vão ser:
u k 1 = 1 k , u k 2 = k , u k 3 = 2 k u_{k1}=\frac 1k\quad,\quad u_{k2}=k\quad, \quad u_{k3} = 2^k u k 1 = k 1 , u k 2 = k , u k 3 = 2 k
Convergência de sucessões em Rⁿ
DEFINIÇÃO
Diz-se que uma sucessão ( u k ) ⊂ R n (u_k) \subset \R^n ( u k ) ⊂ R n converge para a ∈ R n a\in\R^n a ∈ R n se, por definição,
∀ r > 0 , ∃ N ∈ N : k > N ⟹ ∣ ∣ u k − a ∣ ∣ < r ou ∀ r > 0 , ∃ N ∈ N : k > N ⟹ u k ∈ B r ( a ) \forall r > 0, \exists N \in \N: k > N \implies || u_k - a || < r\\
\text{ou}\\
\forall r > 0, \exists N \in \N: k > N \implies u_k \in B_r(a) ∀ r > 0 , ∃ N ∈ N : k > N ⟹ ∣∣ u k − a ∣∣ < r ou ∀ r > 0 , ∃ N ∈ N : k > N ⟹ u k ∈ B r ( a )
Podemos usar a seguinte notação para indicar a convergência de uma sucessão:
u k ⟶ a ou u k ⟶ k → ∞ a ou lim u k = a ou lim k → ∞ u k = a u_{k} \longrightarrow a\quad \text{ou} \quad u_{k}\underset{k\rightarrow \infty }{\longrightarrow } a\quad \text{ou} \quad \lim u_{k} =a\quad \text{ou} \quad \lim_{k\rightarrow \infty } u_{k} =a u k ⟶ a ou u k k → ∞ ⟶ a ou lim u k = a ou k → ∞ lim u k = a
Mais simplesmente, podemos dizer que uma sucessão converge para a a a se lim ∣ ∣ u k − a ∣ ∣ = 0 \lim ||u_k - a|| = 0 lim ∣∣ u k − a ∣∣ = 0 .
Para calcular este limite, devemos calcular individualmente para cada coordenada, e verificar a sua convergência.
u k → a em R n ⇔ u k i → a i em R para cada i = 1 , 2 , … , n \underset{\text{em } \R^n}{u_k \to a} \Leftrightarrow \underset{\text{em }\R}{u_{ki} \to a_i} \text{ para cada } i=1,2,\dotsc, n em R n u k → a ⇔ em R u ki → a i para cada i = 1 , 2 , … , n
Exemplos
u k = ( 1 k , e − k ) \displaystyle u_k = \left(\frac 1k, e^{-k}\right) u k = ( k 1 , e − k )
u k 1 = 1 k → 0 , u k 2 = e − k → 0 u_{k1} = \frac 1k \to 0 \quad, \quad u_{k2} = e^{-k} \to 0 u k 1 = k 1 → 0 , u k 2 = e − k → 0
donde lim u k = ( 0 , 0 ) \lim u_k = (0,0) lim u k = ( 0 , 0 ) .
u k = ( 1 k , 2 k ) \displaystyle u_k = \left(\frac 1k, 2^k\right) u k = ( k 1 , 2 k )
Não é convergente pois 2 k → ∞ 2^k \to \infty 2 k → ∞
u k = ( k − 1 k , 0 , 1 3 k ) \displaystyle u_k = \left(\frac{k-1}{k}, 0, \frac 1 {3^k}\right) u k = ( k k − 1 , 0 , 3 k 1 )
u k 1 = k − 1 k = 1 − 1 k 1 → 1 u k 2 = 0 → 0 u k 3 = 1 3 k → 1 + ∞ = 0 \begin{array}{ l }
u_{k1} =\frac{k-1}{k} =\frac{1-\frac{1}{k}}{1}\rightarrow 1\\
u_{k2} =0\rightarrow 0\\
u_{k3} =\frac{1}{3^{k}}\rightarrow \frac{1}{+\infty } =0\\
\end{array} u k 1 = k k − 1 = 1 1 − k 1 → 1 u k 2 = 0 → 0 u k 3 = 3 k 1 → + ∞ 1 = 0
donde lim u k = ( 1 , 0 , 0 ) \lim u_k = (1,0,0) lim u k = ( 1 , 0 , 0 ) .
TEOREMA
Se D ⊂ R n D\subset \R^n D ⊂ R n é fechado
(ou seja, D = D ‾ D = \overline D D = D ), então qualquer sucessão de termos em D D D (( u k ) ⊂ D (u_k)\subset D ( u k ) ⊂ D )
e convergente, tem o seu limite em D D D .
Sucessão limitada mas não convergente
Uma sucessão pode ser limitada sem ser convergente. Vejamos o seguinte exemplo:
u k = ( r k ⩽ 2 0 ⩽ , ( − 1 ) k + 1 k ⩽ 2 − 1 ⩽ ) com r k = k % 3 ∈ { 0 , 1 , 2 } u_{k} =\left(\underset{0\leqslant }{\overset{\leqslant 2}{r_{k}}} ,\underset{-1\leqslant }{\overset{\leqslant 2}{( -1)^{k} +\frac{1}{k}}}\right) \ \ \text{com } r_{k} =k\%3\in \{0,1,2\} u k = 0 ⩽ r k ⩽ 2 , − 1 ⩽ ( − 1 ) k + k 1 ⩽ 2 com r k = k %3 ∈ { 0 , 1 , 2 }
Podemos facilmente concluir que ( u k ) (u_k) ( u k ) é limitada mas não converge, pois:
se k k k par ( − 1 ) k + 1 k → 1 (-1)^k+\frac{1}{k}\to 1 ( − 1 ) k + k 1 → 1
se k k k ímpar ( − 1 ) k + 1 k → − 1 (-1)^k+\frac{1}{k}\to -1 ( − 1 ) k + k 1 → − 1
a sucessão r k r_k r k alterna entre { 0 , 1 , 2 } \{0,1,2\} { 0 , 1 , 2 }
Se tomarmos a subsucessão ( u 3 k ) (u_{3k}) ( u 3 k ) , resolvemos o problema da primeira parcela:
u 3 k = ( r 3 k , ( − 1 ) 3 k + 1 3 k ) = ( 0 , ( − 1 ) 3 k + 1 3 k ) u_{3k} = \left(r_{3k}, (-1)^{3k}+\frac{1}{3k}\right) = \left(0, (-1)^{3k}+\frac{1}{3k}\right) u 3 k = ( r 3 k , ( − 1 ) 3 k + 3 k 1 ) = ( 0 , ( − 1 ) 3 k + 3 k 1 )
No entanto, 3 k 3k 3 k continua a ser alternadamente par e ímpar.
Então, se tomarmos ( u 6 k ) (u_{6k}) ( u 6 k ) , resolvemos o problema da segunda parcela:
u 6 k = ( r 6 k , ( − 1 ) 6 k + 1 6 k ) = ( 0 , ( − 1 ) 2 3 k + 1 6 k ) → ( 0 , 1 ) u_{6k} = \left(r_{6k}, (-1)^{6k}+\frac{1}{6k}\right) = \left(0, {(-1)^2}^{3k}+\frac{1}{6k}\right)\to (0,1) u 6 k = ( r 6 k , ( − 1 ) 6 k + 6 k 1 ) = ( 0 , ( − 1 ) 2 3 k + 6 k 1 ) → ( 0 , 1 )
Portanto, ( u 6 k ) (u_{6k}) ( u 6 k ) é subsucessão convergente da sucessão limitada ( u k ) (u_k) ( u k ) .
Continuidade
Esta é outra das relações que naturalmente migra para R n \R^n R n , sem muitas alterações.
DEFINIÇÃO
Seja f : D ⊆ R n → R m f: D \subseteq \R^n \to \R^m f : D ⊆ R n → R m , f f f é contínua em a a a se e só se
∀ r > 0 , ∃ ϵ > 0 : x ∈ B ϵ ( a ) ⟹ f ( x ) ∈ B r ( f ( a ) ) ou seja ∀ r > 0 , ∃ ϵ > 0 : ∣ ∣ x − a ∣ ∣ < ϵ ⟹ ∣ ∣ f ( x ) − f ( a ) ∣ ∣ < r \forall r>0, \exists \epsilon > 0: x\in B_\epsilon (a) \implies f(x) \in B_r(f(a))\\
\text{ou seja} \\
\forall r>0, \exists \epsilon > 0: || x - a|| < \epsilon \implies || f(x) - f(a) || < r ∀ r > 0 , ∃ ϵ > 0 : x ∈ B ϵ ( a ) ⟹ f ( x ) ∈ B r ( f ( a )) ou seja ∀ r > 0 , ∃ ϵ > 0 : ∣∣ x − a ∣∣ < ϵ ⟹ ∣∣ f ( x ) − f ( a ) ∣∣ < r
TEOREMA
Se uma função f : D ⊂ R n → R m f: D \subset \R^n \to \R^m f : D ⊂ R n → R m é contínua em a ∈ D a\in D a ∈ D , então
qualquer sucessão ( u k ) ⊂ D (u_k)\subset D ( u k ) ⊂ D com u k → a u_k \to a u k → a implica que f ( u k ) → f ( a ) f(u_k) \to f(a) f ( u k ) → f ( a ) .
Para provarmos uma maneira mais simples de estudar a continuidade de uma função em R n \R^n R n num ponto,
necessitamos de definir limite em R n \R^n R n .
Limite
DEFINIÇÃO
Sejam f : D ⊆ R n ⟶ R m f: D\subseteq \R^n \longrightarrow \R^m f : D ⊆ R n ⟶ R m , b ∈ R m b \in \R^m b ∈ R m , a ∈ D ‾ a \in \overline D a ∈ D .
Diz-se que b b b é o limite de f f f quando x → a x\to a x → a , se, por definição,
∀ r > 0 , ∃ ϵ > 0 : x ∈ B ϵ ( a ) ⟹ f ( x ) ∈ B r ( b ) ou seja ∀ r > 0 , ∃ ϵ > 0 : ∣ ∣ x − a ∣ ∣ m < ϵ ⟹ ∣ ∣ f ( x ) − b ∣ ∣ m < r \forall r > 0, \exists \epsilon > 0: x\in B_\epsilon (a) \implies f(x) \in B_r(b)\\
\text{ou seja}\\
\forall r > 0, \exists \epsilon > 0: || x - a||_m < \epsilon \implies ||f(x) -b ||_m < r ∀ r > 0 , ∃ ϵ > 0 : x ∈ B ϵ ( a ) ⟹ f ( x ) ∈ B r ( b ) ou seja ∀ r > 0 , ∃ ϵ > 0 : ∣∣ x − a ∣ ∣ m < ϵ ⟹ ∣∣ f ( x ) − b ∣ ∣ m < r Representa-se, tal como já era conhecido, por b = lim x → a f ( x ) \displaystyle b=\lim_{x\to a} f(x) b = x → a lim f ( x )
Voltando à continuidade, dizemos então que f f f é contínua em a a a ⇔ \Leftrightarrow ⇔ lim x → a f ( x ) = f ( a ) \lim_{x\to a} f(x) = f(a) lim x → a f ( x ) = f ( a ) .
Também podemos concluir que se lim x → a f ( x ) = b \lim_{x\to a}f(x) = b lim x → a f ( x ) = b , então para qualquer sucessão ( x k ) ⊂ D (x_k) \subset D ( x k ) ⊂ D com x k → a x_k \to a x k → a tem-se f ( x k ) → b f(x_k) \to b f ( x k ) → b .
Prolongamento por continuidade
Tal como já vimos a CDI-I, quando um ponto não pertence ao domínio de uma função,
mas pertence a D ‾ \overline D D e existe limite da função nesse ponto,
podemos prolongar a função por continuidade .
Vejamos um exemplo, ainda em R \R R .
Seja f ( x ) = sin x x , ∀ x ∈ R \ { 0 } = D \displaystyle f(x) = \frac{\sin x}{x}, \forall x \in \R \backslash \{0\} = D f ( x ) = x sin x , ∀ x ∈ R \ { 0 } = D .
Como existe lim x → 0 sin x x = 1 \displaystyle \lim_{x \to 0} \frac{\sin x}x = 1 x → 0 lim x sin x = 1 ,
podemos definir o prolongamento por continuidade de f f f a 0 ∈ D ‾ 0 \in \overline D 0 ∈ D .
f ~ ( x ) = { f ( x ) se x ≠ 0 1 se x = 0 \tilde{f}( x) =\begin{cases}
f( x) & \text{se } x\neq 0\\
1 & \text{se } x=0
\end{cases} f ~ ( x ) = { f ( x ) 1 se x = 0 se x = 0
CONTRA-EXEMPLO
No entanto, se tivéssemos a função
f 1 ( x ) = { sin x x se x ≠ 0 1 π se x = 0 f_1( x) =\begin{cases}
\frac{\sin x}{x} & \text{se } x\neq 0\\
\frac{1}{\sqrt{\pi}} & \text{se } x=0
\end{cases} f 1 ( x ) = { x s i n x π 1 se x = 0 se x = 0 esta não seria contínua em x = 0 x=0 x = 0 porque
1 = lim x → 0 f 1 ( x ) = lim x → 0 sin x x ≠ 1 π = f 1 ( 0 ) 1=\lim_{x\rightarrow 0} f_{1}( x) =\lim_{x\rightarrow 0}\frac{\sin x}{x} \neq \frac{1}{\sqrt{\pi }} =f_{1}( 0) 1 = x → 0 lim f 1 ( x ) = x → 0 lim x sin x = π 1 = f 1 ( 0 )
Continuidade de funções conhecidas
As seguintes funções são contínuas, pelas demonstrações abaixo:
f ( x ) = constante f(x) = \text{constante} f ( x ) = constante (função constante)
f ( x ) = x ( f : D ⊆ R n → R m ) f(x) = x (f: D \subseteq \R^n \to \R^m) f ( x ) = x ( f : D ⊆ R n → R m ) (função identidade)
Demonstrações Para a função constante:
Dado a ∈ R n ∧ r > 0 a \in R^n \land r > 0 a ∈ R n ∧ r > 0 , será que existe ϵ > 0 \epsilon > 0 ϵ > 0 tal que ∣ ∣ x − a ∣ ∣ < ϵ ⟹ ∣ ∣ f ( x ) − f ( a ) ∣ ∣ < r || x-a|| < \epsilon \implies || f(x) - f(a) || < r ∣∣ x − a ∣∣ < ϵ ⟹ ∣∣ f ( x ) − f ( a ) ∣∣ < r ?
∣ ∣ f ( x ) − f ( a ) ∣ ∣ = ∣ ∣ constante − constante ∣ ∣ = ∣ ∣ 0 ⃗ ∣ ∣ = ∣ ∣ ( 0 , 0 , … , 0 ) ∣ ∣ = 0 < r || f(x) - f(a) || = ||\text{constante} - \text{constante} || = ||\vec 0|| = ||(0,0,\dots,0)|| = 0 < r ∣∣ f ( x ) − f ( a ) ∣∣ = ∣∣ constante − constante ∣∣ = ∣∣ 0 ∣∣ = ∣∣ ( 0 , 0 , … , 0 ) ∣∣ = 0 < r
Logo, ∀ ϵ > 0 , ∣ ∣ x − a ∣ ∣ < ϵ ⟹ ∣ ∣ f ( x ) − f ( a ) ∣ ∣ = 0 < r \forall \epsilon > 0, || x- a || < \epsilon \implies ||f(x) - f(a)|| = 0 < r ∀ ϵ > 0 , ∣∣ x − a ∣∣ < ϵ ⟹ ∣∣ f ( x ) − f ( a ) ∣∣ = 0 < r , portanto f f f é contínua em a a a e como
a a a era qualquer, então f f f é contínua no seu domínio.
Para a função identidade:
Dado a ∈ R n ∧ r > 0 a \in \R^n \land r>0 a ∈ R n ∧ r > 0 será que existe ϵ > 0 \epsilon > 0 ϵ > 0 tal que ∣ ∣ x − a ∣ ∣ < ϵ = > ∣ ∣ f ( x ) − f ( a ) ∣ ∣ < r || x- a|| <\epsilon => ||f(x) - f(a)|| < r ∣∣ x − a ∣∣ < ϵ => ∣∣ f ( x ) − f ( a ) ∣∣ < r ?
∣ ∣ f ( x ) − f ( a ) ∣ ∣ = ∣ ∣ x − a ∣ ∣ ||f(x) - f(a)|| = ||x-a|| ∣∣ f ( x ) − f ( a ) ∣∣ = ∣∣ x − a ∣∣ então, com ϵ = r \epsilon = r ϵ = r :
∣ ∣ x − a ∣ ∣ < ϵ ( = r ) = > ∣ ∣ f ( x ) − f ( a ) ∣ ∣ = ∣ ∣ x − a ∣ ∣ < ϵ = r || x - a|| < \epsilon (= r) => || f(x) - f(a)|| = || x- a|| < \epsilon = r ∣∣ x − a ∣∣ < ϵ ( = r ) => ∣∣ f ( x ) − f ( a ) ∣∣ = ∣∣ x − a ∣∣ < ϵ = r
Logo esta função f f f também é contínua em a a a .
Como a a a é genérico, f f f é contínua em R n \R^n R n .
Operações algébricas entre funções contínuas
Sejam f , g : D ⊂ R n → R m f,g: D \subset \R^n \to \R^m f , g : D ⊂ R n → R m contínuas; α ∈ R \alpha \in\R α ∈ R
p i ( x 1 , … , x i , … , x n ) = x i p_i(x_1,\dots,x_i,\dots,x_n) = x_i p i ( x 1 , … , x i , … , x n ) = x i é contínua
α f \alpha f α f é contínua
f + g f + g f + g é contínua
f × g f \times g f × g é contínua (para m = 1 m = 1 m = 1 , senão não dá para fazer a multiplicação)
f g \frac f g g f é contínua (para m = 1 m = 1 m = 1 ), nos pontos x : g ( x ) ≠ 0 x: g(x) \ne 0 x : g ( x ) = 0
h ∘ f h \circ f h ∘ f é contínua em a a a (com h : R m → R p h: R^m \to R^p h : R m → R p contínua em b = f ( a ) b=f(a) b = f ( a ) com a ∈ D a \in D a ∈ D )
Através destas propriedades, podemos concluir que qualquer função polinomial é contínua e
que qualquer função racional (quociente de polinómios) é contínua .
Demonstrações Demonstração da propriedade 0 (p i ( x 1 , … , x i , … , x n ) = x i p_i(x_1,\dots,x_i,\dots,x_n) = x_i p i ( x 1 , … , x i , … , x n ) = x i é contínua)
Dado r > 0 r> 0 r > 0 ,
∣ ∣ p i ( x ) − p i ( a ) ∣ ∣ = ∣ x i − a i ∣ = = ( x 1 − a 1 ) 2 + ⋯ + ( x i − x i ) + ⋯ + ( x n − a n ) 2 = = ∣ ∣ x − a ∣ ∣ < ϵ || p_i(x) - p_i(a) || = | x_i - a_i | = \\
= \sqrt {(x_1 - a_1) ^2 + \dots + (x_i -x_i) + \dots + (x_n - a_n)^2} =\\
= || x-a|| < \epsilon ∣∣ p i ( x ) − p i ( a ) ∣∣ = ∣ x i − a i ∣ = = ( x 1 − a 1 ) 2 + ⋯ + ( x i − x i ) + ⋯ + ( x n − a n ) 2 = = ∣∣ x − a ∣∣ < ϵ e escolhe-se ϵ = r \epsilon = r ϵ = r
De onde se tira ∣ ∣ x − a ∣ ∣ < ϵ ⟹ ∣ ∣ p i ( x ) − p i ( a ) ∣ ∣ < ∣ ∣ x − a ∣ ∣ < ϵ = r ||x-a|| < \epsilon \implies ||p_i(x)- p_i(a)|| < ||x-a|| < \epsilon = r ∣∣ x − a ∣∣ < ϵ ⟹ ∣∣ p i ( x ) − p i ( a ) ∣∣ < ∣∣ x − a ∣∣ < ϵ = r
portanto p i p_i p i é contínua em a a a .
Logo, p i p_i p i é contínua em D D D .
Demonstração da propriedade 2 (f + g f+g f + g é contínua)
Sejam f , g : D ⊂ R n → R m , a ∈ D f,g: D \subset R^n \to R^m, a\in D f , g : D ⊂ R n → R m , a ∈ D , f e g f e g f e g contínua em a a a .
Dado r > 0 r>0 r > 0 , existe ϵ > 0 : ∣ ∣ x − a ∣ ∣ < ϵ ⟹ ∣ ∣ f ( x ) − f ( a ) ∣ ∣ < r 2 ∧ ∣ ∣ g ( x ) − g ( a ) ∣ ∣ < r 2 \epsilon > 0: || x- a|| < \epsilon \implies || f(x) - f(a)|| < \frac r 2 \land || g(x) - g(a)|| < \frac r 2 ϵ > 0 : ∣∣ x − a ∣∣ < ϵ ⟹ ∣∣ f ( x ) − f ( a ) ∣∣ < 2 r ∧ ∣∣ g ( x ) − g ( a ) ∣∣ < 2 r
(neste caso, r 2 \frac r 2 2 r vai dar jeito, mas quando estamos a fazer uma demonstração podemos escolher)
Então,
∣ ∣ ( f ( x ) + g ( x ) ) − ( f ( a ) + g ( a ) ) ∣ ∣ = ∣ ∣ ( f ( x ) − f ( a ) ) + ( g ( x ) − g ( a ) ) ∣ ∣ ≤ ( pela desigualdade triangular ) ≤ ∣ ∣ f ( x ) − f ( a ) ∣ ∣ + ∣ ∣ g ( x ) − g ( a ) ∣ ∣ < r 2 + r 2 = r || (f(x) + g(x)) - (f(a) + g(a)) || = || (f(x) - f(a)) + (g(x) - g(a))|| \leq\\
(\text{pela desigualdade triangular}) \leq || f(x) - f(a)|| + ||g(x) - g(a)|| < \frac r2 + \frac r2 = r ∣∣ ( f ( x ) + g ( x )) − ( f ( a ) + g ( a )) ∣∣ = ∣∣ ( f ( x ) − f ( a )) + ( g ( x ) − g ( a )) ∣∣ ≤ ( pela desigualdade triangular ) ≤ ∣∣ f ( x ) − f ( a ) ∣∣ + ∣∣ g ( x ) − g ( a ) ∣∣ < 2 r + 2 r = r portanto f + g f + g f + g é contínua em a a a .
Logo, f + g f + g f + g é contínua em D f ∩ D g D_f \cap D_g D f ∩ D g .
Demonstração da propriedade 5 (h ∘ f h \circ f h ∘ f é contínua em a a a )
Dada ( x k ) ⊂ D (x_k) \subset D ( x k ) ⊂ D com x n → a ⟹ f ( x k ) → f ( a ) x_n \to a \implies f(x_k) \to f(a) x n → a ⟹ f ( x k ) → f ( a ) porque f f f é contínua,
então h ( f ( x k ) ) → h ( f ( a ) ) h(f(x_k)) \to h(f(a)) h ( f ( x k )) → h ( f ( a )) porque h h h é contínua em f ( a ) f(a) f ( a ) .
Logo a composta é contínua em D D D .
Exemplos Continuidade f ( x , y ) = x 2 + y 2 f(x,y)= x^2+y^2 f ( x , y ) = x 2 + y 2 É um polinómio, logo é contínua.
f ( x , y , z ) = e x y z f(x,y,z) = e^{xyz} f ( x , y , z ) = e x yz Separando em duas funções:
f 1 ( x , y , z ) = x y z f_1(x,y,z) = xyz f 1 ( x , y , z ) = x yz é um polinómio (neste caso, um monómio), logo é contínua
f 2 ( t ) = e t f_2(t) = e^t f 2 ( t ) = e t também é contínua (pelo que já é conhecido de CDI-I)
Então, f ( x , y , z ) = f 2 ∘ f 1 ( x , y , z ) f(x,y,z) = f_2 \circ f_1 (x,y,z) f ( x , y , z ) = f 2 ∘ f 1 ( x , y , z ) é contínua porque a composta de funções contínuas é contínua.
f ( x , y ) = x 3 − y 3 x 2 + y 2 f(x,y) = \frac{x^3 - y^3}{x^2+y^2} f ( x , y ) = x 2 + y 2 x 3 − y 3 É uma função racional, logo é contínua em R 2 \ { ( 0 , 0 ) } \R^2\ \backslash \left\{(0,0)\right\} R 2 \ { ( 0 , 0 ) } .
Temos de verificar se existe lim ( x , y ) → ( 0 , 0 ) f ( x , y ) \lim_{(x,y)\to(0,0)} f(x,y) lim ( x , y ) → ( 0 , 0 ) f ( x , y ) , para estudar o prolongamento contínuo.
Para simplificar os cálculos, separamos a expressão da função em duas parcelas, e calculamos o limite de cada uma,
somando os seus limites (caso existam).
x 3 x 2 + y 2 = x × x 2 x 2 + y 2 → 0 , pois 0 ⩽ x 2 x 2 + y 2 ⩽ x 2 + y 2 x 2 + y 2 = 1 − y 3 x 2 + y 2 = − y × y 2 x 2 + y 2 → 0 , pois 0 ⩽ y 2 x 2 + y 2 ⩽ x 2 + y 2 x 2 + y 2 = 1 \frac{x^{3}}{x^{2} +y^{2}} =x\times \frac{x^{2}}{x^{2} +y^{2}}\rightarrow 0,\ \text{pois } 0\leqslant \ \frac{x^{2}}{x^{2} +y^{2}} \leqslant \frac{x^{2} +y^{2}}{x^{2} +y^{2}} =1\\
\frac{-y^{3}}{x^{2} +y^{2}} =-y\times \frac{y^{2}}{x^{2} +y^{2}}\rightarrow 0,\ \text{pois } 0\leqslant \frac{y^{2}}{x^{2} +y^{2}} \leqslant \frac{x^{2} +y^{2}}{x^{2} +y^{2}} =1 x 2 + y 2 x 3 = x × x 2 + y 2 x 2 → 0 , pois 0 ⩽ x 2 + y 2 x 2 ⩽ x 2 + y 2 x 2 + y 2 = 1 x 2 + y 2 − y 3 = − y × x 2 + y 2 y 2 → 0 , pois 0 ⩽ x 2 + y 2 y 2 ⩽ x 2 + y 2 x 2 + y 2 = 1 Logo, existe lim ( x , y ) → ( 0 , 0 ) f ( x , y ) = 0 \displaystyle \lim_{(x,y)\to(0,0)} f(x,y) = 0 ( x , y ) → ( 0 , 0 ) lim f ( x , y ) = 0 . Então, podemos prolongar f f f por continuidade a ( 0 , 0 ) (0,0) ( 0 , 0 ) :
f ~ = { x 3 − y 3 x 2 + y 2 se ( x , y ) ≠ ( 0 , 0 ) 0 se ( x , y ) = ( 0 , 0 ) \tilde{f} =\begin{cases}
\frac{x^{3} -y^{3}}{x^{2} +y^{2}} & \text{se }( x,y) \neq ( 0,0)\\
0 & \text{se }( x,y) =( 0,0)
\end{cases} f ~ = { x 2 + y 2 x 3 − y 3 0 se ( x , y ) = ( 0 , 0 ) se ( x , y ) = ( 0 , 0 )
Limites
Propriedades de limites
Sejam f , g , h : D ⊆ R n → R m f,g,h: D\subseteq \R^n \to \R^m f , g , h : D ⊆ R n → R m , a ∈ D a \in D a ∈ D e existem lim x → a f ( x ) , g ( x ) , h ( x ) \lim_{x\to a} f(x), g(x), h(x) lim x → a f ( x ) , g ( x ) , h ( x )
Se o limite existe é único.
lim x → a ( f ( x ) + g ( x ) ) = lim x → a f ( x ) + lim x → a g ( x ) \lim_{x\to a} \left(f(x) + g(x)\right) = \lim_{x\to a} f(x) + \lim_{x\to a} g(x) lim x → a ( f ( x ) + g ( x ) ) = lim x → a f ( x ) + lim x → a g ( x )
lim x → a ( f ( x ) g ( x ) ) = lim x → a f ( x ) × lim x → a g ( x ) \lim_{x\to a} \left(f(x)g(x)\right) = \lim_{x\to a}f(x) \times \lim_{x\to a} g(x) lim x → a ( f ( x ) g ( x ) ) = lim x → a f ( x ) × lim x → a g ( x ) (apenas para m = 1 m=1 m = 1 )
lim x → a f ( x ) = lim x → a ( f 1 ( x ) , f 2 ( x ) , … , f m ( x ) ) = = ( lim x → a f 1 ( x ) , lim x → a f 2 ( x ) , … , lim x → a f m ( x ) ) \lim_{x\to a} f(x) = \lim_{x\to a}\left(f_1(x), f_2(x), \dots, f_m(x)\right) =\\
= \left(\lim_{x\to a} f_1(x), \lim_{x\to a} f_2(x), \dots, \lim_{x\to a} f_m(x)\right) x → a lim f ( x ) = x → a lim ( f 1 ( x ) , f 2 ( x ) , … , f m ( x ) ) = = ( x → a lim f 1 ( x ) , x → a lim f 2 ( x ) , … , x → a lim f m ( x ) )
com f 1 : D ⊆ R n → R f_1: D \subseteq \R^n \to \R f 1 : D ⊆ R n → R
f ( x ) ≤ g ( x ) ⟹ lim x → a f ( x ) < lim x → a g ( x ) f(x) \leq g(x) \implies \lim_{x\to a} f(x) < \lim_{x\to a} g(x) f ( x ) ≤ g ( x ) ⟹ lim x → a f ( x ) < lim x → a g ( x )
lim x → a f ( x ) = lim x → a h ( x ) ∧ f ( x ) ≤ g ( x ) ≤ h ( x ) ⟹ ⟹ lim x → a f ( x ) = lim x → a g ( x ) = lim x → a h ( x ) \lim_{x\to a} f(x) = \lim_{x\to a} h(x) \land f(x) \leq g(x) \leq h(x) \implies \\
\implies \lim_{x\to a} f(x) = \lim_{x\to a} g(x) = \lim_{x\to a} h(x) x → a lim f ( x ) = x → a lim h ( x ) ∧ f ( x ) ≤ g ( x ) ≤ h ( x ) ⟹ ⟹ x → a lim f ( x ) = x → a lim g ( x ) = x → a lim h ( x )
Se f f f é limitada junto a a a a e lim x → a g ( x ) = 0 \displaystyle \lim_{x\to a} g(x) = 0 x → a lim g ( x ) = 0 (para m = 1 m = 1 m = 1 ), então lim x → a f ( x ) × g ( x ) = 0 \displaystyle \lim_{x\to a} f(x) \times g(x) = 0 x → a lim f ( x ) × g ( x ) = 0
Se lim x → a f ( x ) = 0 ⃗ ⟺ lim x → a ∣ ∣ f ( x ) ∣ ∣ = 0 \lim_{x\to a} f(x) = \vec 0 \iff \lim_{x\to a} || f(x) || = 0 lim x → a f ( x ) = 0 ⟺ lim x → a ∣∣ f ( x ) ∣∣ = 0
Limites direcionais
Quando não conseguimos provar que um limite existe e calcular o seu valor,
podemos tentar provar que esse limite não existe através dos limites direcionais .
DEFINIÇÃO
Em R 2 \R^2 R 2 em particular, se se substituir y = m x y=mx y = m x , então
lim ( x , y ) → ( 0 , 0 ) f ( x , y ) = lim x → 0 f ( x , m x ) = ⋯ = F ( m ) \lim_{(x,y)\to (0,0)} f(x,y) = \lim_{x \to 0} f(x,mx)= \dots = F(m) ( x , y ) → ( 0 , 0 ) lim f ( x , y ) = x → 0 lim f ( x , m x ) = ⋯ = F ( m ) ou seja, se o limite depende explicitamente de m m m então o limite não existe, pois o limite quando existe é único.
Além de limites em R 2 \R^2 R 2 segundo retas, também podemos ter limites segundo a família de quadráticas, y = k x x y=kx^x y = k x x .
Se o limite
lim ( x , y ) → ( 0 , 0 ) f ( x , y ) = lim x → 0 f ( x , k x 2 ) \lim_{(x,y)\to (0,0)} f(x, y) = \lim_{x\to 0} f(x, kx^2) ( x , y ) → ( 0 , 0 ) lim f ( x , y ) = x → 0 lim f ( x , k x 2 )
depender de k k k , então o limite não existe.
Esta é uma boa estratégia quando queremos provar que o limite não existe.
warning
Não se pode usar limites direcionais para provar que um limite existe.
Se obtivermos um valor que não depende de m m m , k k k , etc, nada se pode concluir .
Exemplos Limites lim ( x , y ) → ( 0 , 0 ) sin ( x y ) y = lim ( x , y ) → ( 0 , 0 ) sin ( x y ) x y × x = 1 × 0 = 0 \lim_{(x,y)\to(0,0)} \frac{\sin(xy)}{y} = \lim_{(x,y)\to(0,0)} \frac{\sin(xy)}{xy} \times x = 1 \times 0 = 0 ( x , y ) → ( 0 , 0 ) lim y sin ( x y ) = ( x , y ) → ( 0 , 0 ) lim x y sin ( x y ) × x = 1 × 0 = 0 (em semelhança a CDI-I, lim t → 0 sin t t = 1 \lim_{t\to 0} \frac{\sin t}{t} = 1 lim t → 0 t s i n t = 1 )
lim ( x , y ) → ( 0 , 0 ) ( x − y ) 2 x 2 + y 2 \lim_{(x,y)\to (0,0)} \frac{(x-y)^2}{x^2+y^2} ( x , y ) → ( 0 , 0 ) lim x 2 + y 2 ( x − y ) 2 Temos de usar limites direcionais para resolver este limite.
Tomando y = m x y=mx y = m x ,
lim ( x , y ) → ( 0 , 0 ) ( x − y ) 2 x 2 + y 2 = lim x → 0 ( x − m x ) 2 x 2 + ( m x ) 2 = lim x → 0 x 2 ( 1 − m ) 2 x 2 ( 1 + m 2 ) = = lim x → 0 ( 1 − m ) 2 1 + m 2 = ( 1 − m ) 2 1 + m 2 \lim _{( x,y)\rightarrow ( 0,0)}\frac{( x-y)^{2}}{x^{2} +y^{2}} =\lim _{x\rightarrow 0}\frac{( x-mx)^{2}}{x^{2} +( mx)^{2}} =\lim _{x\rightarrow 0}\frac{x^{2}( 1-m)^{2}}{x^{2}\left( 1+m^{2}\right)} =\\
=\lim _{x\rightarrow 0}\frac{( 1-m)^{2}}{1+m^{2}} =\frac{( 1-m)^{2}}{1+m^{2}} ( x , y ) → ( 0 , 0 ) lim x 2 + y 2 ( x − y ) 2 = x → 0 lim x 2 + ( m x ) 2 ( x − m x ) 2 = x → 0 lim x 2 ( 1 + m 2 ) x 2 ( 1 − m ) 2 = = x → 0 lim 1 + m 2 ( 1 − m ) 2 = 1 + m 2 ( 1 − m ) 2 que depende de m m m .
Logo, o limite não é único, então não existe.
Nem sempre quando existem os limites direcionais e estes forem todos iguais, existe o limite.
lim ( x , y ) → ( 0 , 0 ) x 2 y x 4 + y 2 \lim_{(x,y)\to (0,0)} \frac{x^2 y}{x^4+y^2} ( x , y ) → ( 0 , 0 ) lim x 4 + y 2 x 2 y Novamente, vendo o limite direcional y = m x y=mx y = m x :
lim ( x , y ) → ( 0 , 0 ) x 2 y x 4 + y 2 = lim x → 0 x 2 ⋅ m x x 4 + ( m x ) 2 = lim x → 0 x 2 ⋅ m x x 2 ( x 2 + m 2 ) = lim x → 0 m x x 2 + m 2 = 0 , ∀ m \lim _{( x,y)\rightarrow ( 0,0)}\frac{x^{2} y}{x^{4} +y^{2}} =\lim _{x\rightarrow 0}\frac{x^{2} \cdot mx}{x^{4} +( mx)^{2}} =\lim _{x\rightarrow 0}\frac{x^{2} \cdot mx}{x^{2}\left( x^{2} +m^{2}\right)} =\lim _{x\rightarrow 0}\frac{mx}{x^{2} +m^{2}} =0,\ \forall m ( x , y ) → ( 0 , 0 ) lim x 4 + y 2 x 2 y = x → 0 lim x 4 + ( m x ) 2 x 2 ⋅ m x = x → 0 lim x 2 ( x 2 + m 2 ) x 2 ⋅ m x = x → 0 lim x 2 + m 2 m x = 0 , ∀ m No entanto, se tomarmos y = x 2 y=x^2 y = x 2 , outra curva em que também passa pelo ponto ( 0 , 0 ) (0,0) ( 0 , 0 ) ,
lim ( x , y ) → ( 0 , 0 ) x 2 y x 4 + y 2 = lim x → 0 x 2 ⋅ x 2 x 4 + ( x 2 ) 2 = lim x → 0 x 4 x 4 + x 4 = lim x → 0 1 2 = 1 2 ≠ 0 \lim _{( x,y)\rightarrow ( 0,0)}\frac{x^{2} y}{x^{4} +y^{2}} =\lim _{x\rightarrow 0}\frac{x^{2} \cdot x^{2}}{x^{4} +\left( x^{2}\right)^{2}} =\lim _{x\rightarrow 0}\frac{x^{4}}{x^{4} +x^{4}} =\lim _{x\rightarrow 0}\frac{1}{2} =\frac{1}{2} \neq 0 ( x , y ) → ( 0 , 0 ) lim x 4 + y 2 x 2 y = x → 0 lim x 4 + ( x 2 ) 2 x 2 ⋅ x 2 = x → 0 lim x 4 + x 4 x 4 = x → 0 lim 2 1 = 2 1 = 0 Logo, o limite não existe.
lim ( x , y ) → ( 0 , 0 ) x 3 y 2 ( x 2 + y 2 ) 2 = 0 \lim _{( x,y)\rightarrow ( 0,0)}\frac{x^{3} y^{2}}{\left( x^{2} +y^{2}\right)^{2}} =0 ( x , y ) → ( 0 , 0 ) lim ( x 2 + y 2 ) 2 x 3 y 2 = 0 Enquadrando o limite:
0 ⩽ ∣ x 3 y 2 ( x 2 + y 2 ) 2 ∣ = ∣ x ∣ ⋅ x 2 x 2 + y 2 ⋅ y 2 x 2 + y 2 ⩽ ∣ x ∣ ⋅ x 2 + y 2 x 2 + y 2 ⋅ x 2 + y 2 x 2 + y 2 = ∣ x ∣ → 0 0\leqslant \left| \frac{x^{3} y^{2}}{\left( x^{2} +y^{2}\right)^{2}}\right| =|x|\cdot \frac{x^{2}}{x^{2} +y^{2}} \cdot \frac{y^{2}}{x^{2} +y^{2}} \leqslant |x|\cdot \frac{x^{2} +y^{2}}{x^{2} +y^{2}} \cdot \frac{x^{2} +y^{2}}{x^{2} +y^{2}} =|x|\rightarrow 0 0 ⩽ ( x 2 + y 2 ) 2 x 3 y 2 = ∣ x ∣ ⋅ x 2 + y 2 x 2 ⋅ x 2 + y 2 y 2 ⩽ ∣ x ∣ ⋅ x 2 + y 2 x 2 + y 2 ⋅ x 2 + y 2 x 2 + y 2 = ∣ x ∣ → 0 Logo, o limite é 0 0 0 .
Teorema de Bolzano-Weierstrass
Definição
Seja D ⊆ R n D \subseteq \R^n D ⊆ R n .
Se D D D é compacto (isto é, fechado e limitado), então toda a sucessão de pontos em D D D contém uma sub-sucessão convergente para um ponto de D D D .
A demonstração deste teorema encontra-se nos slides da aula 5.
Teorema de Weierstrass
DEFINIÇÃO
Se A ⊂ R n A \subset \R^n A ⊂ R n é compacto e f : A → R f: A \to \R f : A → R é contínua, então f f f tem máximo e mínimo em A A A .
Deste teorema, podemos retirar:
As funções contínuas aplicam conjuntos compactos em compactos
Para funções escalares, isto é, f : D ⊂ R n → R m f:D\subset \R^n \to \R^m f : D ⊂ R n → R m com m = 1 m=1 m = 1 ,
Funções escalares contínuas em compactos têm máximo e mínimo
Slides: